De que forma estamos nos alimentando?

“Seja teu alimento o teu medicamento e seja o teu medicamento o teu alimento”

O título desse texto é uma frase atribuída a Hipócrates, o pai da medicina ocidental, ele acreditava que o equilíbrio do corpo poderia ser restabelecido através da alimentação. Para ele a medida em que nos conhecemos podemos escolher melhor os alimentos. Quando ele fala de alimentação, não trata apenas do que comemos. Para os gregos o corpo não estava separado da mente e das emoções.

Quando ampliamos a pergunta “de que forma estamos nos alimentando” podemos aproveitar para investigar como estamos nos nutrindo em outras áreas também.

As demandas cada vez mais crescentes da vida são um prato cheio de distrações, não temos tempo para muita coisa. Nos acostumamos a nos movimentar de acordo, há muitas crenças enraizadas e já bem estabelecidas de que comer melhor dá muito trabalho, é caro e toma um tempo que já não temos mais. Aplicamos a mesma lógica à nossa má digestão mental e emocional. Sabe aquela sensação de que as coisas “não descem”? E mesmo assim continuamos empurrando porque não temos tempo de pensar nas causas de nossos sofrimentos. Um comprimido talvez faça isso passar. Deitamos na cama e não conseguimos dormir, nossa mente não para, trabalhamos pressionados precisando de resultados melhores, estamos ansiosos, temos problemas de relacionamento, somos inseguros etc.

Quando as coisas ficam difíceis nossa tendência é desanimar um pouco, perdemos a oportunidade de olhar o que está acontecendo dentro de nós, queremos tanto resolver que perdemos de vista o que está causando a nossa dor. Distraídos na busca de alguma solução, dentre as infinitas que o mundo nos propõe, cansamos, estamos exaustos. Essa pode ser uma boa hora para sentarmos em silêncio e nos familiarizarmos com a nossa mente, reconhecermos as nossas sensações, nossas emoções e começar a perceber como a energia surge em nós e o que a faz ir embora.

Energia é alimento. Emocionalmente como estamos nos nutrindo? Que tipo de pensamentos estamos cultivando? Se, em algum momento já surgiu em nós a curiosidade de sentar em silêncio, poderíamos utilizar essa oportunidade para perceber a intensidade dos nossos pensamentos. Todas as nossas decisões significativas na vida são tomadas a partir dessas observações internas.

Nossas escolhas estão nos nutrindo ou nos adoecendo?

Você pode gostar também de